quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Arte Natural II



Não sei de quem é a fotografia que aqui postei ontem.

As suas cores são fascinantes e não resisti a mostrá-las. O autor que me perdoe. Não o identifiquei pois quem me enviou a obra de arte também não sabia identificar a autoria e a proveniência.

Mas admito que o artista tenha sido Thomas Shahan.

Se não foi, a verdade é que parte da obra deste fotógrafo tem sido dedicada à macrofotografia de insectos.

É fascinante o equipamento usado por estes artistas …

http://www.flickr.com/photos/opoterser/2545298333/

… como fascinante é o resultado da sua pesquisa e recolha.

http://www.flickr.com/photos/opoterser/708413642/

Para o conferir, não deixem de visitar a sua página no Flickr.

Vejam também as explicações que Thomas Shahan vai dando em cada fotografia sobre as circunstâncias como foram tiradas.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Winners of the IgNobel Prize

Já falei aqui dos prémios Nobel. Para compensar, hoje deixo uma nota sobre os prémios Ignóbil 2009.

Quem nunca ouviu falar dos prémios Ignóbil, digo, IgNobel (mas em que mundo vocês andam!), pode visitar a página oficial dos prémios de 2009 AQUI.

Ora, se bem percebo (o meu domínio da língua inglesa continua aquele máquina!) Elena N. Bodnar, Raphael C. Lee e Sandra Marijan de Chicago, Illinois, USA ganharam o prémio IgNóbel de Saúde Pública. E porquê? Porque inventaram um soutien que, em caso de emergência, pode ser utilizado como um par de máscaras de gás.


Podem ver o registo da patente AQUI e AQUI e constatar como a coisa é útil e igNobel!

Enfim, este post está ao mesmo nível!

Mas não deixem de apreciar os feitos que motivaram os restantes Ignóbeis. Vejam por. Ex. o artista da medicina! E a medicina veterinária!
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terça-feira, 20 de outubro de 2009

Computadores portáteis

O meu filho entornou espumante em cima do seu portátil. O teclado cheira a vinho e, apesar da lavagem, amanhã cheirará a vinagre. Entretanto, depois de lavado, o computador foi posto a secar de pernas para o ar para ver se a restante vinhaça escorre e o aparelho não fica grog. Haja esperança! A pinga era moscatel … pode ser que não azede o bicho!
Ao ver o portátil empinado a escorrer, tipo cabana, lembrei-me de como nós tratamos estes animais com um carinho e cuidado que eles não merecem. Hoje os computadores portáteis são máquinas robustas, capazes de resistir às mais diversas agruras. E tem muitas outras utilidades … para além de computar.
Vejamos algumas:








domingo, 18 de outubro de 2009

Ordinary People

Desconheço a identidade do autor (mas gostava de saber!)
Foto retirada de http://www.humorearth.com/galleries/view/id/147

sábado, 17 de outubro de 2009

"Diego Mamando Maradona"

Como era de esperar, já se brinca abundantemente com as declarações de Maradona no final do jogo com o Uruguai, onde o seleccionador argentino reagiu ao apuramento conseguido para o Mundial 2010, com declarações polémicas que nem aos moços que jogaram bem à bola (mas treinam mal!) são permitidas.

Mas enfim, o povo do futebol gosta destas coisas e aí está uma primeira homenagem ao desbocado seleccionador:



http://www.youtube.com/watch?v=-pgeQgmI0UI

Os sul-americanos são assim. Gente especial, de sangue quente.

A reacção do Diego fez-me lembrar um vídeo que circula pela net sobre um jogo entre os Vasco e o Flamengo que vale pela reacção do locutor quando no último minuto o Flamengo marca um golo e tira o título ao Vasco. O relatador, que mais que locutor é adepto do Vasco, reage desta forma:



http://www.youtube.com/watch?v=S4XAgGffpCg

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Contudo, o locutor – de nome Arnaldo Taveira – não é verdadeiramente um relatador televisivo. É adepto do Flamengo e o relato do vídeo é uma falsa narração a gozar com os adversários.

Valeu!

Moscas


Vejam lá as fotos deste tipo: AQUI






O fotógrafo – que se chama Magnus Muhr – tem outras obras que podem ver se navegarem por aqui.


Mas onde está a verdadeira galeria é no seu sítio: http://www.muhrfoto.se/

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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Paz


Alguém me explica porque é que o Comité Nobel norueguês decidiu que o Prémio Nobel da paz de 2009 será entregue a ...
... Barack Obama?

É o presidente da maior potência bélica do mundo!

É quem manda num país que está envolvido em duas guerras e em diversos conflitos!

Trata-se de um prémio para a esperança de que o homem seja diferente do anterior dono da casa branca? (Qualquer um que viesse a seguir ao Bush pareceria uma pomba branca … ou preta … uma pomba!)

Mas o pessoal lá da Noruega não vislumbraram nenhum combatente pela paz que merecesse mais aquele milhão de euros que tinham para atribuir?

Que jeito que aquela massa dava à nossa AMI, por exemplo!

O prémio da paz devia ser para entregar a heróis que lutam por ela!

Não é Alfred Nobel?

Não é Bertha Kinsky?



Para quem estranhou este nome, recordo aqui um pouco de história com texto roubado na net.

O trabalho intenso e as sucessivas viagens não deixavam a Alfred Bernhard Nobel muito tempo para uma vida privada. Assim, aos 43 anos publicou o seguinte anúncio num jornal: "Homem saudável bem formado e idoso procura senhora de meia idade, com conhecimento de várias línguas para secretária e governanta". A senhora mais qualificada foi a condensa Bertha Kinsky, que, após um curto período de tempo, a trabalhar com Nobel, regressou à Áustria, para casar com o conde Arthur Von Suttner. Apesar disso, Nobel e Bertha continuaram amigos e escreviam-se com frequência. Durante esta longa amizade, Bertha tornou-se pacifista e escreveu um livro intitulado "Lay down your arms" ("Baixem as vossas armas"), tornando-se numa figura proeminente do movimento pacifista. Sem dúvida que esta posição influenciou Nobel, quando incluiu um prémio para pessoas ou organizações que promovessem a paz — Bertha Von Suttner recebeu o Nobel da Paz em 1905.

Alfred Nobel faleceu, em San Reno, a 10 de Dezembro de 1896. O seu testamento, redigido em 1895, sem a ajuda de advogados, anulando anteriores realizados em 1889 e 1893, estipulou que as receitas da sua herança — que à data da sua morte ascendia a mais de 33 milhões de coroas suecas — deveriam ser divididas anualmente em cinco partes e distribuídos "em forma de prémios às pessoas que, durante o ano anterior, mais tenham contribuído para o desenvolvimento da humanidade".

Os prémios deveriam ser distribuídos da seguinte forma:
- "...uma parte para a pessoa que tenha realizado o descobrimento ou o invento mais importante no campo da Física;
- uma parte à pessoa que tenha realizado o descobrimento ou melhoramento mais importante em Química;- uma parte para a pessoa que tenha realizado o descobrimento mais importante no domínio da Fisiologia ou da Medicina;
- uma parte para a pessoa que tenha produzido, no campo da Literatura, a obra mais notável de tendência idealista; e
- uma parte para a pessoa que tenha levado a cabo o maior ou melhor trabalho em favor da fraternidade entre as nações, pela abolição ou redução dos exércitos permanentes e pela celebração e fomento de congressos pela paz".

Como se nota, o prémio para a pessoa que se destacou na Economia já foi invenção da Fundação Nobel, que agora também inventou que o Barack Obama é quem mais lutou pela paz no ano que passou.

Eu até gosto do homem … e também senti aquela emoção especial quando ele foi eleito … mas já nomeado prémio Nobel da Paz? Porque não esperaram que ele faça alguma coisa do que prometeu?

Adagio

Hoje deixo aqui a referência a uma curtíssima metragem de animação de autoria do cineasta russo Garri Bardin, vencedora de vários prémios internacionais.

Uma animação com aquelas características de leste como muitas outras com que o saudoso Vasco Granja nos brindou nos velhos tempos da TV a preto e branco! Mas uma animação que carrega uma mensagem ao mesmo tempo humana e divina, de conteúdo que eu diria “poderoso”.

Enfim, é coisa para ver quando se tiver paciência e inspiração …

Mas se o vídeo a que me refiro merece ser visto, mais merece ser escutado. A sua banda sonora assenta no Adagio em G menor de Albinoni. Eu sei que há muita gente que não gosta desta música, que a acha piegas e não tem pachorra para escutar até ao fim. Mas eu gosto. É uma obra com uma melancolia e tristeza enormes, condensadas numa melodia que nos acompanha mesmo depois de terminada.

Vá lá. Sentem-se, ponham os phones nas orelhas, olhem os bonecos do Garri Bardin e deixem-se atacar pela inspiração divina que esta animação possibilita.

Se não der … vão ver que de qualquer forma vos vai saber bem aquela cerveja que têm guardada no frigorífico!



http://www.youtube.com/watch?v=gG-TL0S3sN8&feature=player_embedded

Koniec

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Bater palmas


Cada um tem as suas habilidades pessoais. Se o Usain Bolt é rápido a correr cem metros, é garantido que não conseguirá bater palmas tão rápido como este tipo, também ele recordista mundial.

721 palmadas por minuto!!

Vejam o vídeo. Vale a pena!

http://www.zappinternet.com/video/NoXqFocKog/Kent-Toast-721-aplausos-x-minuto

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Cavallino Rampante

Qual a ligação entre a Ferrari e a aviação?

Não tem nada a ver com o facto de os Ferraris voarem baixinho! O elo está na história do logotipo da Ferrari: O Cavallino Rampante.

Aquele emblema, que se transformou num ícone mundial, foi criado por um aviador italiano Francesco Baracca (... mas tinha que haver um Francisco envolvido?!), piloto esse que resolveu pintar no seu avião um cavalo empinado, muito semelhante ao que consta nesses carros vermelhuscos que andam por aí a criar invejas nas estradas e a perder corridas de Formula 1.

O Conde Francesco Baracca foi um aviador italiano que, no início da 1ª Guerra Mundial, percebeu que o avião seria a grande arma do futuro. Com a sua frota de aeronaves conseguiu muitas vitórias que o destacaram na guerra e o tornaram herói.

Baracca mandou pintar um cavalo no seu avião, sendo essa imagem que posteriormente veio a ser usada pela Ferrari. Aconteceu em 1932, quando o piloto italiano Enzo Ferrari, adoptou o equídeo como símbolo nos seus veículos.

O cavalo original foi pintado em vermelho sobre uma nuvem branca, mas mais tarde Ferrari optou por pintar o bicho em preto, em luto por aviadores mortos na guerra, tendo adicionado um fundo amarelo, a cor local de Modena.

A cauda do cavalo da Ferrari acabou por divergir da do cavalo Baracca, a qual apontava para baixo como podem ver na foto.


Quanto ao Francesco Baracca morreu ainda antes de terminar a 1ª Guerra Mundial, servindo numa missão de bombardeio em 1918.

Enzo Ferrari recordou a história da origem do Cavallino nas suas memórias:
"A história do Cavallino Rampante é simples e fascinante. O Cavallino estava pintado na fuselagem do caça de Francesco Baracca, heróico aviador caído em Montello, ás da Primeira Guerra Mundial. Quando venci, em 23, o primeiro circuito de Savio que se corria em Ravenna, conheci o conde Enrico Baracca, pai do herói; deste encontro nasceu o seguinte, com a mãe, a condessa Paulina. Ela disse-me um dia: 'Ferrari, coloque no seu carro o Cavallino Rampante do meu filho. Dar-lhe-á sorte.' Conservo ainda hoje a fotografia de Baracca, com a dedicatória dos seus pais, na qual me entregam o emblema.
O Cavallino era negro e assim permaneceu; eu juntei-lhe um fundo amarelo-canário, que é a cor de Modena
." (Fonte – AutoMotor).

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Poema das "aspas"



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Esta singela poesia circula por aí em mails e em t-shirts ...

... e arranca sempre um merecido sorriso!

Até descobri um vídeo com um professor brasileiro a declamá-la !

Vejam lá em: http://www.youtube.com/watch?v=2HEYgBg0GKE


Bom sorriso!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Mercedes Sosa

Mercedes Sosa nasceu em Tucamán, Argentina, em 9 de Julho de 1935.

Morreu ontem, dia 4 de Outubro de 2009.

Mulher de esquerda, lutadora, foi uma daquelas cantoras de intervenção cuja música marcou gerações, marcou corações.

Para quem não conhece, recomendo uma viva pesquisa. A net está cheia de referências, de vídeos, de músicas, de imagens.

Entretanto, Sosa morreu, mas os artistas têm esta magia de continuarem vivos. A Web alimenta essa vida. Oiçam a voz, vivam a figura e marquem também os vossos corações.

Algumas das músicas cantadas pela Mercedes Sosa fazem parte da banda sonora da minha vida, das nossas vidas. Estas são algumas delas. Vejam, oiçam, cantem. Mantenham Mercedes Sosa viva.





http://www.youtube.com/watch?v=WyOJ-A5iv5I





http://www.youtube.com/watch?v=icrCSlBGkl0





http://www.youtube.com/watch?v=SIrot1Flczg





http://www.youtube.com/watch?v=g8VqIFSrFUU

Gracias por todo.

Adiós, Mercedes.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Rio de Janeiro


A internet é uma fantástica ferramenta para os fotógrafos exporem os seus trabalhos. Na sequência de um namoro já longo que ando fazendo com o Rio de Janeiro (...talvez nas próximas férias!!!!), fiquei contente por saber que hoje foi esta a cidade escolhida para a realização dos Jogos Olímpicos de 2016. Adivinham-se sérios problemas de segurança, mas ainda há muito tempo para as coisas serem planeadas de forma a tudo correr bem. Como o Rio é um misto de beleza luxuosa e favela pobre, recordo aqui esta última parte com umas fotografias da Rocinha. Enfim, como é lógico não é bem este o Rio que anseio saborear (e será este o Rio que pode gerar problemas olímpicos!). Mas as favelas estão lá, são lindas ao longe e permitem imagens fabulosas como estas e outras tiradas pelo mesmo fotógrafo que podem apreciar no seu site.

Quanto ao autor das fotografias é André Cypriano.
Nasceu em 1964 em São Paulo. Em 1990, um ano após a sua mudança para os E.U.A., André começou a estudar fotografia em San Francisco. Desde então ele tem completado vários projetos que têm sido expostos em galerias e museus no Brasil, Europa e nos E.U.A. Como parte de um projeto de longo prazo, Cypriano começou a documentar estilos de vida tradicionais, e práticas de sociedades em lugares menos conhecidos nos remotos cantos do mundo, com uma tendência para o raro e extraordinário. Actualmente, André Cypriano trabalha como fotógrafo free-lancer em Nova York e Rio, e continua envolvido em projetos sociais e culturais.
(elementos retirados de http://www.paratyemfoco.com/workshops/117-andre-cypriano)

Para apreciarem as restantes imagens da rocinha e muitas outras obras de André Cypriano, visitem o seu elegante site, em: http://www.andrecypriano.com/

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Pedro e Inês

Ainda a propósito dos nossos grandes reis, todos recordamos D. Pedro I como protagonista da mais conhecida história de amor cá do canto.

Mas D. Pedro tem o cognome de “O Justiceiro”, o que se compreende. Não o deixaram amar a formosa Inês de Castro, a qual, a mando do pai de D. Pedro (D. Afonso IV) foi decapitada na primavera de 1355. Por isso, D. Pedro passou uma vida sanguinária, na busca do castigo para os autores do encomendado crime.

Mas são conhecidos outros episódios da justiça grotesca deste rei. Uma ocasião D. Pedro soube que o bispo do Porto vivia em descarada barregamia com uma mulher casada e roubada ao marido que entretanto o prelado expulsara bem “enfeitado” ordem que – como conta Fernão Lopes – “este cumpria com medo que lhe tirassem a vida como lhe tinham tirado a consorte”. Encolerizado, D. Pedro chamou o bispo pecaminoso ao paço, ordenando-lhe que pusesse termo a uma situação tão degradante. Irredutível o bispo, por ser coisa tão comum, viu-se logo ali chicoteado e “desprovido da sua virilidade”.

Mas o bispo do Porto não foi o único que D. Pedro mandou capar … O mesmo aconteceu com um gentil mancebo Afonso Madeira, pajem de el-rei “que muito o amava, mais do que se deve aqui dizer …”, para usar uma vez mais as palavras de Fernão Lopes. Este Pajem caiu de amores por uma dama, esposa do corregedor Lourenço Gonçalves, e senhora de uma louçã e castiça beleza. Marido e rei descobriram o prevaricador, mandando el-rei que o castrassem.

Mas o nome de justiceiro não foi atribuído ao rei por esta justiça pequena. É que, apesar de D. Pedro ter jurado sobre os Evangelhos que perdoava aos assassinos de Inês de Castro (assim fazendo a vontade de sua mãe D. Beatriz), o rei não descansou enquanto não lhes tratou da saúde …

Durante toda a vida, D. Pedro nunca esqueceu a bela Inês, nem os seus “brutos matadores”. Conseguiu deitar a mão a Pêro Coelho e fez-lhe arrancar o coração pelo peito assistindo à execução enquanto se banqueteava, e apanhou Álvaro Gonçalves e arrancou-lhe o coração pelas costas. Escapou Diogo Lopes Pacheco que fugiu para França. Consta que o rei lhe perdoou no leito de morte.

Quanto à Inês de Castro, D. Pedro fê-la coroar rainha. Conta também a tradição que Pedro teria feito desenterrar o corpo da amada, obrigando os nobres a procederem à cerimónia do beija-mão real ao cadáver, sob pena de morte.

Isto é que era JUSTIÇA! Um bocadinho tétrica, é verdade, mas bem diferente desta justiça pequena em que naufragam os nossos tribunais, boiando em leis de curta visão.